18.2.10

A festa de ser

Da vida que levo, só sei do inverso
Do que não foi, invento pra criar conceitos

Do que sou, um pedaço que você deixou
Esse sem ver, que tomo sem merecer

Do carnaval deixo a máscara, o chapéu
Da festa, o confete a serpentina, desenrolados, largados

Mas no instante, não no chão
No ápice da festa, levados pelo vento

O movimento, a explosão
O canto da multidão

Sou do malandro a ginga
Do corpo a expressão

A intensidade musicada
A alegria de quem vence, o choro do perdedor

A intensidade, sem nome, raça ou cor