23.5.11

Quebra-cabeça

Hei isso aqui não é receita, tampouco tem sentido as críticas,
E não faz a menor diferença saber escrever.
Isso aqui é vida, a gente rabisca ali, para ler lá e depois
achar que entendeu às avessas e escrever de novo, mas agora tudo diferente.

Nada aqui está acima ou abaixo do mal ou em busca da razão acima de todas
que derrube todos os verbos com a verdade da sabedoria, isso é mentira.
Se nossa escrita tem por consequência falar aos nossos ouvidos o caminho
de entendimento de nós mesmos, oras se vê-se quebra-cabeça desmontado
falará das peças e não dá obra.

O que penso é que há um céu em uma peça que o componha, infinita quanto o todo,
logo dela falaria das nuvens como se o céu todo fervesse nela, não?

E de quem não é a dor de toda alegria e de quem não é a alegria de toda dor?
Somos essa repetição e quais as palavras que nunca foram ditas?

Somos mesmisses, exclamações, choros, indagações, somos esse coletivo desajustado,
mas a busca não é por alinhá-los ou correspondê-los, é senão por harmonizá-los,
fazer com que as pernas e os passos sigam uma direção coerente com o que
reflete no pensamento.

Boa caminhada, não na escrita, mas nas atitudes, a gente também mente
para nós mesmos e tudo o que penso é que ainda assim a ignorância não só evidência
o tão pouco que sabemos, como é ela que rege o todo pelo qual nos apaixonamos.

A verdade e a certeza, são armas contra o épico de viver!