17.7.15

Brincar de mentir

Uso as frases como brinquedo
e não há uma, que não seja verdade 

Você brinca com a verdade
 e não há uma em que se possa acreditar

10.7.15

Desgosto

Perdi o gosto pelo futuro
Estou preso às minhas melhores lembranças
Implorando-as, uma qualquer coisa de agora.

8.7.15

Quem mata?

No mundo em que vivo
Há quem fale de deus e mate
à sangue frio mesmo
Empunhando preconceito, como arma

A fome, ainda mata
A indiferença, acredite você
Mata!
O ladrão, morre se a gente vê

Até a gente mata,
nos dias de hoje.
Quando se cala
Quando aceita mudo

esse gole intolerante
De que a desculpa serve como ladra
para que se tome à vida na marra.

Na tentativa vã, de mostrar seu valor,
quem mata?
Quem acredita, que se paga com morte,
à ignorância de não ensinar,

O valor da própria vida.

7.7.15

Pontos

Que ainda lhe sobre doçura
Quando o mundo lhe for amargo

Que ainda lhe sobre um som
Quando o mundo for silêncio

Que sobre lembrança
Em dia de esquecimento

Que sobre um sorriso
Em dia que formos chuva

Que nos sobre um pouco de humano
Quando formos tão feras

Que sobre em nós
Um pouco de eu

Que sobre letras
Para tantos pontos

6.7.15

Sol

Toda vez que duvidei do sol,
foi por ter me distraído com o tempo,
vai ver é assim também com o amor.