É bem verdade, a covardia é o meu pior defeito
É a minha qualidade mais humana
Ali, tão irresistivelmente exposto
Covardemente vestido de homem e louco
A poesia de Bukowski, compartilharia minha lama
Defeituoso, torto, ou fraco
Me fale então, a Tua perfeição
Pergunto a Ti, que de tamanho ou benevolência
Me ardiria na alma a dor.
Se do homem ficar por fim, o caráter,
O que falam em tua ausência?
Os meus segredos são profanos
E meu nome uma mordaça
Não desenho o acaso, escrevo a lápis a vida
E o grafite que grava, tem ponta fina
Corta e fura, o papel apenas rasga
Gravo minha falta
Do que vale a minha sorte dada?
Qual dos homens passará por Sua entrada?
Sempre acho que Deus guarda um pouco de vingança e graça
A coragem de ser o que sou,
A poesia não salva
Drummond eterniza, outro rasga
De qual dos meus defeitos o amor se disfarça?
Hoje te faço palavras
Te rabisco no vento
Me julguem os ruins, os que cometem maldade
Não os bons, que cultivam o bem e não entendem
Afinal, deve haver um motivo para anjos terem asas