Sorte dos amantes, que têm nos travesseiros dedos entrelaçados
Sorte dos amados, que têm na distância dos desagrados, saudade
de uma certeza singular
Sorte daquele amor, que sendo amado, sabe-se morno e preso à rotina,
ensolarado pela repetida presença
Sorte dos amantes, que não sonhando, vivem, como se dormissem a vida
Sorte daqueles amados, que tendo a quem amam, mesmo sem o sorriso sorrindo,
são amados amantes
Sorte dos amantes
Amados