4.2.15

Culpados?

A culpa nunca foi das suas promessas
Foi do meu acreditar que se apaixonou por elas

Não foram suas faltas, foi a preferência
Eu não mudei o sabor e talvez você preferisse algo mais amargo

O tempo foi uma das vítimas, era novo demais
Engasgou-se com tantas histórias pela metade,

A realidade deu um tiro no futuro na frente dos nossos olhos
Alguém sequestrou a esperança e como resgate nos cobrou mentiras.

Me lembro do choque ao encontrar a certeza.
Era ela quem sussurrava verdades que fingia não saber.

Não, a culpa não foi das suas promessas,
Foi do meu acreditar, que gostou de cada uma delas.

Descobrimos que a saudade tinha sua irmã gêmea e que nós a separamos
A convivência com ela sempre foi a mais difícil.

Foi cedo que ela fez amizade com a loucura,
E para que como irmãs se vissem, guardavam segredo.

Hoje eu ainda lhe dou abrigo, faz tempo que não vê sua outra metade
Envolveu-se com um tal de silêncio, agora já o recebe em casa

A loucura anda se consultando com a razão, já não se falam tanto
Mas a culpa foi mesmo do meu querer

Ele insistiu em suas promessas,
Eu só quis acreditar em você.