A culpa nunca foi das suas promessas
Foi do meu acreditar que se apaixonou por elas
Não foram suas faltas, foi a preferência
Eu não mudei o sabor e talvez você preferisse algo mais amargo
O tempo foi uma das vítimas, era novo demais
Engasgou-se com tantas histórias pela metade,
A realidade deu um tiro no futuro na frente dos nossos olhos
Alguém sequestrou a esperança e como resgate nos cobrou mentiras.
Me lembro do choque ao encontrar a certeza.
Era ela quem sussurrava verdades que fingia não saber.
Não, a culpa não foi das suas promessas,
Foi do meu acreditar, que gostou de cada uma delas.
Descobrimos que a saudade tinha sua irmã gêmea e que nós a separamos
A convivência com ela sempre foi a mais difícil.
Foi cedo que ela fez amizade com a loucura,
E para que como irmãs se vissem, guardavam segredo.
Hoje eu ainda lhe dou abrigo, faz tempo que não vê sua outra metade
Envolveu-se com um tal de silêncio, agora já o recebe em casa
A loucura anda se consultando com a razão, já não se falam tanto
Mas a culpa foi mesmo do meu querer
Ele insistiu em suas promessas,
Eu só quis acreditar em você.