Geraldo Azevedo
Ai Que Saudade D'Ocê
Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta da tua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade de ocê
Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijo
Ai que saudade sem fim
E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Você caía no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é de ocê
Alguns guardados, rascunhos, pedaços... Achados em um ermo porto, do outro lado, lá onde a carne não abriga espaço. Faz-se alma e escreve pela perturbada mente, que mente. Escreve-se aqui, o presente passado. O passado em presente.
28.6.16
22.6.16
Trama
Na minha trama
Você olha a dama,
Perco sua mão
Tomo seu silêncio como gratidão
Bebo certezas tão minhas
Que minha escrita me convida
Ao meu mundo com ela
Tão íntima
Se faça por extenso, poesia
Na cadência de palavras sozinhas
Nessa imensidão de silêncio
Quando quem me tira pra dançar
É a lembrança,
Quem saudades têm, ciúmes
Quem tem raiva
É pai dos dois!
E assim dorme
Na nossa vista,
Palavras de nós dois
21.6.16
Sépia
faz pose pro meu retrato
que eu vou colar essa foto no meu quarto
na porta do meu armário
só pra lembrar o mais belo dos seus lados
faz um sorriso de maldade
escondendo uma fatia dos lábios com uma mordida
um olhar de serenedidade
só para eu lembrar de toda nossa intranquilidade
vai, espere ai, nessa fatia de luz e sombra
um filtro sépia de presente
que faça parecer antigo, o nós no hoje
nesse seu sorriso amarelo, escurecido do escuro de mim mesmo
me cole ao lado da sua foto, na vitrine dos meus olhos
para que a receba na sala do meu corpo
meio ofuscado de qualquer cor
para me colorir de teu amor
ser sua fotografia,
enquadrada no verde dos olhos que se fecham como lente
para dormir em minha frente
os sonhos de futuro, filtrados no nosso presente
que eu vou colar essa foto no meu quarto
na porta do meu armário
só pra lembrar o mais belo dos seus lados
faz um sorriso de maldade
escondendo uma fatia dos lábios com uma mordida
um olhar de serenedidade
só para eu lembrar de toda nossa intranquilidade
vai, espere ai, nessa fatia de luz e sombra
um filtro sépia de presente
que faça parecer antigo, o nós no hoje
nesse seu sorriso amarelo, escurecido do escuro de mim mesmo
me cole ao lado da sua foto, na vitrine dos meus olhos
para que a receba na sala do meu corpo
meio ofuscado de qualquer cor
para me colorir de teu amor
ser sua fotografia,
enquadrada no verde dos olhos que se fecham como lente
para dormir em minha frente
os sonhos de futuro, filtrados no nosso presente
20.6.16
Camaleão
Acho graça te ver, camaleão,
Acho graça, sempre ter graça para ver
Acho graça, ser o mesmo desvirtuado viciado em letras
Enquanto a sua graça, se virtualiza de deixar de ser
Assim camaleão,
Acho graça, da graça que assume
Por achar que a graça antiga não tinha graça
Deve ser por sua beleza ser de graça, que vai ver, não via
Mas vai lá fazer a graça de deixar de ser
Acho graça, sempre ter graça para ver
Acho graça, ser o mesmo desvirtuado viciado em letras
Enquanto a sua graça, se virtualiza de deixar de ser
Assim camaleão,
Acho graça, da graça que assume
Por achar que a graça antiga não tinha graça
Deve ser por sua beleza ser de graça, que vai ver, não via
Mas vai lá fazer a graça de deixar de ser
16.6.16
Feito canela
Essa menina de alma leve
Dança no vento
Desafia o eterno em seu passo breve
Laça o querer em seu próprio tempo
Bailarina da liberdade
Não sei se gira ela
Ou gira o mundo,
No redemoinho de sua afinidade
Aprisiona a beleza em si
ou a beleza lhe doa os olhos
de quem a sabe definir?
é verso solto
sem rima ou contorno
ela é fotografia
Dança no vento
Desafia o eterno em seu passo breve
Laça o querer em seu próprio tempo
Bailarina da liberdade
Não sei se gira ela
Ou gira o mundo,
No redemoinho de sua afinidade
Aprisiona a beleza em si
ou a beleza lhe doa os olhos
de quem a sabe definir?
é verso solto
sem rima ou contorno
ela é fotografia
12.6.16
Melancolia
E quando testemunho seu sorriso
Há algo em mim que sorri alegria
Nesse absoluto luto, fictício
Que chora uma eterna melancolia
Há algo em mim que sorri alegria
Nesse absoluto luto, fictício
Que chora uma eterna melancolia
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