Vou te bebendo com os olhos
Vou tateando sua narrativa
Por motivos que a vida revelou
Vou dando sentido a achados tortos
Encontrando você em sua tinta
Devorando as lembranças que deixou
E a vontade me adentra até os ossos
Me percorre vadia
Nesse desatino de quem já amou
A pálidez da minha calma que enfeia meu ócio
Vem desse interim, se é, será ou seria
Do colo abrigo, do amor amigo, que não passou
E antes que me torne fóssil
Incrustado no seu passado, sem vida
Ouça do meu amor o clamor
Pois sem você sou foto
Com você sou coração, beijo, saliva
Sem nós, não sou
Sou ser, sem ser
Alguns guardados, rascunhos, pedaços... Achados em um ermo porto, do outro lado, lá onde a carne não abriga espaço. Faz-se alma e escreve pela perturbada mente, que mente. Escreve-se aqui, o presente passado. O passado em presente.
30.6.10
10.6.10
Uma poesia escrita em silêncio, só o título
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FIM_____________________
Sua visita é sopro no meu silêncio!
Você me bagunça e o que estava certo em não ser
toma forma!
E nasce ao inverso
O verso
Do que não era para ser
Sendo silêncio
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