Quando for falar à poesia
Cito os meus murmúrios de respeito
Assino tudo com meu nome, para que tenham a quem culpar
Mas escrevo com letras de sereno
Que colhi no mar da vida
Como a quem recolhe conchas na areia
Brinquei de escolher gente, pessoa mesmo
Com certa irreverência, pois de todos sobrara apenas eu
Mas esse eu de ignorante, pois ainda sei-me burro de mim
E fui 'ajuntar' sem medo, alguns quase amigos
Esses que na hora certa em que a onda chega a praia
Estão à areia com você
Sempre mora mais em mim
Palavras frescas, dessas ainda molhadas de água salgada
Assumo, vezes algumas as colho em rios, então...
Minto se digo que não há doce preso em minhas conchas líricas
Colhi tudo no mar da vida
Ainda que não entenda esse baú de coisa sem preço
Meu apreço é dessa coisa toda dividida
Afinal escrever moço, é 'ajuntar' a sua língua embaralhada
De um dicionário sortido
Ou desse dividir íntimo de encontrar uma letra
No abismo de um 'A'...prolongue-o (aaaaa)!
Ou no suspiro de um U... esse de quase mesmo, (uuuu)!
Mas junta os 'pedaço' e vê se não sai,
Torcendo como pano velho, essa coisa de passado
Esse trapo molhado
Pra ver se não pinga
Amigos de hora vivida
Presentes para dividir o estouro da chegada
Da onda na praia,
Como um 'u' ou um 'a' que a gente encontra
Da palavra dividida
Eles a fração de Deus
Para Deus não se fazer mentira, nessa precisão
De métrica e companhia
Achei essa poesia muito interessante!
ResponderExcluirAmigos são pedras preciosas que surgem em nosso caminho, não ao acaso, mas com um propósito. A amizade sincera se fortalece a cada encontro, a cada momento compartilhado e, mesmo que a distância não permita uma aproximação mais intensa, ela sobrevive ao tempo, pois a vida é assim mesmo, ora estamos juntos, ora separados, mas o mais importante é o que construímos juntos, nos pequenos e grandes momentos vividos.