29.5.12

Insônia


O seu até breve é sol na minha noite,
é o que não me deixa dormir, é minha insônia.

Meu temor não é sua presença, sua cara de raiva,
nem minhas efêmeras dúvidas que te causam medo
Ou sua face de repulsa,

Meu temor, é o teu invisível,
É o cerco do teu perigo pela minha urgência em salvar-te,
Meu temor é a distância que dissipa o presente, ou desamarra o passado

O teu até breve,
É faca na minha certeza do corpo descrito,
Fincado em você

Até logo não!
Pois o amanhã é distante e o logo não existe!

Feche os olhos e me beije a boca dos sonhos
É onde costumo vingar, plantado no agora,
Eternizado no presente,
Petrificado na necessidade viva,
não de que me viva,

Mas que me saiba vigilante de nós,
Ainda que durmamos muitas vezes
E nesses dias, ainda zelo por teu sono
Pois eu sofro de insônia