Alguns guardados, rascunhos, pedaços... Achados em um ermo porto, do outro lado, lá onde a carne não abriga espaço. Faz-se alma e escreve pela perturbada mente, que mente. Escreve-se aqui, o presente passado. O passado em presente.
29.5.12
Insônia
O seu até breve é sol na minha noite,
é o que não me deixa dormir, é minha insônia.
Meu temor não é sua presença, sua cara de raiva,
nem minhas efêmeras dúvidas que te causam medo
Ou sua face de repulsa,
Meu temor, é o teu invisível,
É o cerco do teu perigo pela minha urgência em salvar-te,
Meu temor é a distância que dissipa o presente, ou desamarra o passado
O teu até breve,
É faca na minha certeza do corpo descrito,
Fincado em você
Até logo não!
Pois o amanhã é distante e o logo não existe!
Feche os olhos e me beije a boca dos sonhos
É onde costumo vingar, plantado no agora,
Eternizado no presente,
Petrificado na necessidade viva,
não de que me viva,
Mas que me saiba vigilante de nós,
Ainda que durmamos muitas vezes
E nesses dias, ainda zelo por teu sono
Pois eu sofro de insônia
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Estava com saudade de seus pensamentos... Adorei esse poema! Beijos, Cris
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