Como quem insistes por entrar?
Uma coisa de certeza?
Sabes?
Não sou eu quem te pergunto,
Mas à minha mão, que pergunta a porta
Certa do que diz de fato!
E então me pergunto,
Se a fala é de fato o que traduz a verdade
Essa coisa imediata, do presente
Se perguntas-me, tu porta, à mão
De certeza e a certeza, a si mesma?
Autônoma, solitária, perfeita
Petrificada em verdade.
Ora,
Me dizes agora, porta?
Após resposta da minha mão,
Qual de nós não mente, se à certeza é dado o véu
Essa coisa advir
E não é dele o doce de deixar de ser?...
Abra-a, mão!
Forte ímpeto do agora,
Que já não sou mais passado,
Me revelo futuro fotografado
De qual segredo somos feitos
Que abrimos e nos fixamos
Na porta aberta da imprecisão do tempo?