19.6.12

Vendido ao tempo

Sabes forçar à porta?
Como quem insistes por entrar?
Uma coisa de certeza?

Sabes?
Não sou eu quem te pergunto,
Mas à minha mão, que pergunta a porta
Certa do que diz de fato!

E então me pergunto,
Se a fala é de fato o que traduz a verdade
Essa coisa imediata, do presente
Se perguntas-me, tu porta, à mão

De certeza e a certeza, a si mesma?
Autônoma, solitária, perfeita
Petrificada em verdade.

Ora,

Me dizes agora, porta?
Após resposta da minha mão,
Qual de nós não mente, se à certeza é dado o véu
Essa coisa advir
E  não é dele o doce de deixar de ser?...

Abra-a, mão!
Forte ímpeto do agora,
Que já não sou mais passado,
Me revelo futuro fotografado

De qual segredo somos feitos
Que abrimos e nos fixamos
Na porta aberta da imprecisão do tempo?

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