Alguns guardados, rascunhos, pedaços... Achados em um ermo porto, do outro lado, lá onde a carne não abriga espaço. Faz-se alma e escreve pela perturbada mente, que mente. Escreve-se aqui, o presente passado. O passado em presente.
19.11.14
Rotina
Eu ainda passo pela mesma rua, ainda no mesmo horário e esbarro em lembranças vivas. Se é um casal que vejo de mãos dadas, é na imagem deles que beijo o beijo que já não tenho mais. Eu ainda faço o mesmo caminho de dias atrás, como alguém que caminha catando conchas, eu vou colecionando lembranças, um banco de praça, uma faculdade que não fiz, uma rua e um passeio às pressas como sempre, um ponto de ônibus, uma esquina ao lado de casa. E na tentativa vã de não deixar que o passado tomasse sua companhia, guardei-me em algum elo com uma realidade decorada de recordações.
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