Alguns guardados, rascunhos, pedaços... Achados em um ermo porto, do outro lado, lá onde a carne não abriga espaço. Faz-se alma e escreve pela perturbada mente, que mente. Escreve-se aqui, o presente passado. O passado em presente.
21.1.15
Falta
Falta, tem um quê de lembrança, uma fatia de querer e umas duas metades, uma de futuro e outra de passado. Falta, não é uma regra, nem uma imposição, é um caminho que o sentimento encontra por ser livre, para aonde ir. Falta é aquele olhar de cão sem dono, que ao se despedir, corre à porta e olha pra quem quer que seja perdido: "Não é você! Cadê?"; Falta é essa atmosfera de saber onde, quem, quando, tocar isso com os olhos fechados, se sentir imenso e ao abrir, olhar no espelho de si mesmo, falta. Falta não é se saber metade, é saber-se inteiro para alguém, que sendo inteiro também, se oferece para ver que ser, está muito mais ligado à incompletude de ser inteiro, do que ser metade de fato. Falta não é o que ainda virá, é aquilo que previamente sabido, o desejo pede no presente. Falta, está bem mais próximo às palavras que não encontrei para explicarem o seu sentido, que a todas as escolhidas, por uma pequena definição lógica. Tentando lhe dizer a falta que faz, percebo que dizer é encontrar, e a falta que faz, não encontra palavra nenhuma que a defina, ela falta por inteira...
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