12.5.17

Das impossibilidades

Sou do tipo de pessoa que não tem sorte com o amor, digo isso pois ao não conhecer o objeto amado, não sabendo toda a força do mesmo, parece que as coisas permeiam um quase não sentir. Sente-se, mas nem tanto. Já eu, descobri! Mas não vou dizer que para minha sorte, pois toda sua força é equivalente à sua impossibilidade.

Hoje eu preciso ir e não sei me fazer entender o como.
Pois o que sinto, toda vez que o impossível parece existir, se dispõe a torcer o tempo, a demonstrar a força e importância. Esse "estou aqui!" que não sei pra quê.

Não, a culpa não é sua, nem minha, somos consequências de descobertas tardias, como ouvi, me atrasei pra sua partida.

Preciso aceitar, que a saudade será o seu maior presente, que a minha despedida não terá sido escolha, mas sim necessidade de limite. Hoje preparo a sua ida com o meu melhor sentir, meu melhor carinho, vamos brindar nosso fim em nossas taças de beijos que ainda daremos.

O problema, amor, é que o amor nunca cabe em mim e justo em mim, que resolvi ser sincero com a forma de sentir, justo eu que não me importo em me desvestir para ver se posso trocar o número, ainda mais depois que você me coube tão bem.

Hoje a dor é mais forte que o ter, se é que tive.

E assim, entre aprender e mudar, entre a coragem, o tempo e o arriscar, me desconheço para tantos sins e me nego a tanta precisão.

Foi e terá sido sempre você, ainda que um dia eu me negue em dizer que sim, afinal se fosse...

Como já disse tantas vezes, eu posso conhecer o amor, mas não me foi chegada a vez de vivê-lo, posso conhecê-lo, mas sempre na sua impossibilidade.

Que eu saiba beijar na boca todas as despedidas que a vida me trás.

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