Qual a loucura do homem que diz não?
Ela seu sonho, esse pensar inato
O convite é para vida, pro amor
E sua rotina esse desbarato, moleque feito de dor
A diferença do encanto
com o chapéu debruçado à porta,
ao quebrar à força o portão,
E quem não vive o disparate acelerado de um coração?
Me diz, a quem não adoça a paixão?
E do beijo que leva, esse sem ter sido dado
Mas devo agora, a um pirata qualquer, umas mil quantias de puro ouro
só por não ter praticado o roubo
Minha tortura navegante, carrega minha boca
Pra qual rumo vai meu entrelaço
Vadio o meu pensar, agora deixa passos na grama
Um jardim qualquer na memória de criança
E o voo do pássaro, sempre será o que fica de mais lindo
Deve ser então, louco aquele que diz sim, não?
Ter sua alma brevemente roubada ali, bem na roda do mundo
ou o desacordo dos braços, numa busca por espaço
Deveras fosse ela mulher, mas sempre despe-se feito paixão
Jardineiro das letras, palavra plantada, virá verbo
Teus olhos não me veem
Mal-falados versos imprórios, censurados pela razão
A tormenta do louco, delírio do são
Podem me falar, que se fosse sim pra sempre
pra sempre, não teria fim
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