Na sua própria escravidão
O homem vai pelo seu caminho desenhado
E o destino não é mais que, ao normal, desdenho
Sujeito homem, que se veste de pele
E lá pelas tantas, aponta suas diferenças
Tão iguais, revestindo sempre a pobre caveira
Dos fortes e sábios, a ignorância é um apetite
Soberbos homens primatas
Antes saber não existisse e que fadas são encantadas
E assim, homem, tu tomas as fábulas
O medo, sempre uma grande caixa
E tu e eu, somos por quem senão nós?
O egoísmo engole da dor, cada sinônimo, palavra por palavra
E não reconhece o eu que guarda
Tão distante, da distância da solução
que a vida lhe bomba no peito, lhe infla o balão
Se não fosse, porque um coração?
E o homem que reconheço, se perde pelo medo certo da morte
Covarde que se inflama e se despede do mundo
Pois o tempo que lhe guarda segredos, já fala em razão
Que de certo é a morte
E a sede, o desejo da vida
Viver sem ter ninguém, para não escolher a quem
E ser do mundo, para tomar pela saliva
O gosto da noite e degustar até o dia
Preso no peito, assim, grita
O que ficou de lado, no ser embaraçado
Lá nas ranhuras, do pretérito imperfeito
- Que amar, não é defeito!
E se por um, que invada a todos
Porquê, se lhe veste a veemência
A presença é controversa
No tempo em que gira tudo
Já corroemos o absurdo da clareza
Vivamos a sós, onde só tenhamos nós
Eus tão miseráveis de mins
Como gafanhatos devorando jardins
Nenhum comentário:
Postar um comentário