21.8.17

Do caminho

Quando a esperança morre de inanição
É preciso sequestrar a loucura.

Quando o futuro devora o onde, pelo presente
É preciso ter ancorado o agora no passado.

Quando a justificativa, já não justifica
É preciso forjar a verdade.

Só há um lugar para mim, depois de você,
E se eu demorar a chegar, que ninguém me espere...

pois é preciso deixar de ser eu!

Que eu vá, com a certeza nas mãos,
de que nenhuma tentativa é vã em si mesma.

Lamentarei os desencontros, mas nunca os encontros
que os tornam apenas caminho.

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