Eu vou escrevendo os meus borrados
meias verdades, exíladas da memória
sem pretextos, violões artesanais
é vivacidade literária, esse que, à frase dita
da pura verdade anunciada
ainda que a calunia, seja minha visita
a primeira, na manhã que se aproxima.
irá gritar seu nome, com minha ira
enquanto me desprendo da palavra escrita
nem é meu, é dito
verbo engolido, esse Não rebuscado
que me lança à boca, para engolir amargo
enquanto a vida chega de mansinho, tocando cordas de aço
vibrando seu cochicho, enganando o acaso
para encontrar olhares com o sol
suspender as aves, como se fossem papel
virando o girassol
levando as nuvens ao léu
cantando promessas vivas
adormecendo a minha fome, clareando teus olhos
me fiz infame, por sentimentos tortos
esfarelei a melancolia, disfarçando lama, moldando argila
para ver o crepúsculo do meu muro
nas rimas de suas sílabas
Alguns guardados, rascunhos, pedaços... Achados em um ermo porto, do outro lado, lá onde a carne não abriga espaço. Faz-se alma e escreve pela perturbada mente, que mente. Escreve-se aqui, o presente passado. O passado em presente.
16.12.09
9.12.09
Chuva e vento
Ventania de sonhos
soprando segredos
esperando as correntes do norte
inflando veleiros
o ar que chega de longe
vem quente do Sul
abraça teu corpo
te veste de azul
dançará
teus passos
a chuva fina
que beija o vento
em teu dançar?
costeando a terra
no meio do verde do mar
barco perdido
em curvas e fio
é beijo de chuva
com gosto de vento
na pele do sol
tempestade e relento
conto da brisa
virando farol
querendo tormentas
procurando tua ilha
palavras cheias
tornados de amor
tornando passáro
água e calor
soprando segredos
esperando as correntes do norte
inflando veleiros
o ar que chega de longe
vem quente do Sul
abraça teu corpo
te veste de azul
dançará
teus passos
a chuva fina
que beija o vento
em teu dançar?
costeando a terra
no meio do verde do mar
barco perdido
em curvas e fio
é beijo de chuva
com gosto de vento
na pele do sol
tempestade e relento
conto da brisa
virando farol
querendo tormentas
procurando tua ilha
palavras cheias
tornados de amor
tornando passáro
água e calor
7.12.09
Quem sabe?
Quem sabe não era para ser assim.
Quem sabe se não é para ser assim mesmo?
Quem sabe não conta,
mas sorri de meu presente aprisionado
Dos dias atordoados, por cada texto que não finda!
Quem sabe, silência
cada oração que surge, morta, pois lhe arranca o verbo
Quem sabe, degusta de meu desejo em sargeta!
Não se pronuncia e nem alivia,
Derrama em minha vida, a ignorância revelada
que lhe arde, e ardeu, no dia em que falou quem sabe,
Que assim era pra ser.
Quem sabe se não é para ser assim mesmo?
Quem sabe não conta,
mas sorri de meu presente aprisionado
Dos dias atordoados, por cada texto que não finda!
Quem sabe, silência
cada oração que surge, morta, pois lhe arranca o verbo
Quem sabe, degusta de meu desejo em sargeta!
Não se pronuncia e nem alivia,
Derrama em minha vida, a ignorância revelada
que lhe arde, e ardeu, no dia em que falou quem sabe,
Que assim era pra ser.
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