Você me arranca, me inflama
Foge, queima, se afugenta
E pra que, se não sou?
Se não vou?
Você é tanto e tão mais
Não sabe o que o seu vento faz?
O que o seu verbo traz?
Como seu homem nasce?
Existe onde, que não aqui?
Esse amor inflamado, viscerado
Bordado sem cor, sem arranjo
Te cato nos meus dobrados
Você me encontra nos seus guardados
Eu sou mais rascunho dos seus pulsos
Que escritor
Me atira do seu predicado
Prejudicado, pela ameça que pratica
Pago do mesmo mal que a sua solitária
Sinto cada mordida
Tivera eu a sorte de não saber, o gosto do beijo que roubo
Não que o tenha perdido, mas tê-lo oprimido
Censurado mesmo!
Só a quem dói o inverno,
prova os lábios cortados nas manhãs frias.
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