Alguns guardados, rascunhos, pedaços... Achados em um ermo porto, do outro lado, lá onde a carne não abriga espaço. Faz-se alma e escreve pela perturbada mente, que mente. Escreve-se aqui, o presente passado. O passado em presente.
27.12.12
Vai saudade!
Vai saudade!
Diz pra ela, que ela é quem faz você ser
sempre mais doce…
Que só por ela vale viver em latência,
Sem jamais ser morta,
Sem jamais deixar de ser saudade…
Direção
Perdoar-se também é preciso, a força que precisamos ter para seguir um determinado caminho, precisa ser ganha, muitas vezes, estando exatamente por mais tempo na direção contrária.
16.8.12
19.6.12
Vendido ao tempo
Sabes forçar à porta?
Como quem insistes por entrar?
Uma coisa de certeza?
Sabes?
Não sou eu quem te pergunto,
Mas à minha mão, que pergunta a porta
Certa do que diz de fato!
E então me pergunto,
Se a fala é de fato o que traduz a verdade
Essa coisa imediata, do presente
Se perguntas-me, tu porta, à mão
De certeza e a certeza, a si mesma?
Autônoma, solitária, perfeita
Petrificada em verdade.
Ora,
Me dizes agora, porta?
Após resposta da minha mão,
Qual de nós não mente, se à certeza é dado o véu
Essa coisa advir
E não é dele o doce de deixar de ser?...
Abra-a, mão!
Forte ímpeto do agora,
Que já não sou mais passado,
Me revelo futuro fotografado
De qual segredo somos feitos
Que abrimos e nos fixamos
Na porta aberta da imprecisão do tempo?
Batida
Me dê o doce da solidão,
Enquanto eu tempero o agora com vazios
Misturando lembrança de nós dois
Com açúcar e limão
Uma batida amarga, como se bebe a dois
Enquanto só penso em silêncio
Sozinho em casa
Mesmo com gente na sala
O mais sujo exílio
Nessa solitária de mim mesmo
Enquanto eu tempero o agora com vazios
Misturando lembrança de nós dois
Com açúcar e limão
Uma batida amarga, como se bebe a dois
Enquanto só penso em silêncio
Sozinho em casa
Mesmo com gente na sala
O mais sujo exílio
Nessa solitária de mim mesmo
14.6.12
Bate-papo
Converso comigo, como amigo intimo, a princípio
O faço, por uma convivência, entre o pensamento e o pensante
Ardo trabalho
... a convivência!
Espera!
Desça da escada da vaidade, se te leio
Também, eu?!
Sou pensamento de mim mesmo!
E pasme, tu que finges não me ler
Sou eu falando comigo
Não ocorre o mesmo com você?
... por último
me repito, poesia e poeta,
para fazer do diálogo
um pouco mais doce,
do recanto que criei, para receber a mente
E um pouco de nós dois
O faço, por uma convivência, entre o pensamento e o pensante
Ardo trabalho
... a convivência!
Espera!
Desça da escada da vaidade, se te leio
Também, eu?!
Sou pensamento de mim mesmo!
E pasme, tu que finges não me ler
Sou eu falando comigo
Não ocorre o mesmo com você?
... por último
me repito, poesia e poeta,
para fazer do diálogo
um pouco mais doce,
do recanto que criei, para receber a mente
E um pouco de nós dois
5.6.12
29.5.12
Insônia
O seu até breve é sol na minha noite,
é o que não me deixa dormir, é minha insônia.
Meu temor não é sua presença, sua cara de raiva,
nem minhas efêmeras dúvidas que te causam medo
Ou sua face de repulsa,
Meu temor, é o teu invisível,
É o cerco do teu perigo pela minha urgência em salvar-te,
Meu temor é a distância que dissipa o presente, ou desamarra o passado
O teu até breve,
É faca na minha certeza do corpo descrito,
Fincado em você
Até logo não!
Pois o amanhã é distante e o logo não existe!
Feche os olhos e me beije a boca dos sonhos
É onde costumo vingar, plantado no agora,
Eternizado no presente,
Petrificado na necessidade viva,
não de que me viva,
Mas que me saiba vigilante de nós,
Ainda que durmamos muitas vezes
E nesses dias, ainda zelo por teu sono
Pois eu sofro de insônia
30.4.12
Imoral
É bem verdade, a covardia é o meu pior defeito
É a minha qualidade mais humana
Ali, tão irresistivelmente exposto
Covardemente vestido de homem e louco
A poesia de Bukowski, compartilharia minha lama
Defeituoso, torto, ou fraco
Me fale então, a Tua perfeição
Pergunto a Ti, que de tamanho ou benevolência
Me ardiria na alma a dor.
Se do homem ficar por fim, o caráter,
O que falam em tua ausência?
Os meus segredos são profanos
E meu nome uma mordaça
Não desenho o acaso, escrevo a lápis a vida
E o grafite que grava, tem ponta fina
Corta e fura, o papel apenas rasga
Gravo minha falta
Do que vale a minha sorte dada?
Qual dos homens passará por Sua entrada?
Sempre acho que Deus guarda um pouco de vingança e graça
A coragem de ser o que sou,
A poesia não salva
Drummond eterniza, outro rasga
De qual dos meus defeitos o amor se disfarça?
Hoje te faço palavras
Te rabisco no vento
Me julguem os ruins, os que cometem maldade
Não os bons, que cultivam o bem e não entendem
Afinal, deve haver um motivo para anjos terem asas
É a minha qualidade mais humana
Ali, tão irresistivelmente exposto
Covardemente vestido de homem e louco
A poesia de Bukowski, compartilharia minha lama
Defeituoso, torto, ou fraco
Me fale então, a Tua perfeição
Pergunto a Ti, que de tamanho ou benevolência
Me ardiria na alma a dor.
Se do homem ficar por fim, o caráter,
O que falam em tua ausência?
Os meus segredos são profanos
E meu nome uma mordaça
Não desenho o acaso, escrevo a lápis a vida
E o grafite que grava, tem ponta fina
Corta e fura, o papel apenas rasga
Gravo minha falta
Do que vale a minha sorte dada?
Qual dos homens passará por Sua entrada?
Sempre acho que Deus guarda um pouco de vingança e graça
A coragem de ser o que sou,
A poesia não salva
Drummond eterniza, outro rasga
De qual dos meus defeitos o amor se disfarça?
Hoje te faço palavras
Te rabisco no vento
Me julguem os ruins, os que cometem maldade
Não os bons, que cultivam o bem e não entendem
Afinal, deve haver um motivo para anjos terem asas
13.3.12
Inflamável
Estar com você é sempre como brincar com fogo,
sabendo que existe um barril de pólvora no peito…
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