16.2.17

Se existir perdão

Meu melhor escudo é esse sorriso
Essa felicidade que já não sinto
Zombo do descaso do meu destino
Já não me irrito, aceito e pronto

Já sei que ficamos pra trás
Eu ou você e o nosso tanto faz
Nossa insistência é um animal selvagem
Fingimos sua inocência, ou do que é capaz

Brincamos com explosivos,
como se pudessemos controlar os riscos
Pouco importa nosso futuro
O deixamos sem ter o que comer, com nossos vícios

Não há segurança pra todos os nossos perigos
Não há abrigo para o frágil que criamos
Perdemos o tempo dançando com nossos medos
Escolhemos a parte falida do que vivemos

Tentarão me convencer que a dois é difícil ser
Só é assim aos que forçam encaixes sem perceber
Depois da facilidade sorrir na minha cara o óbvio
Será a vez da certeza de dizer que foi tão próximo

Que o amor perdoe nossa covardia
Por uma saudade que devora cada um dos nossos dias

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