17.3.09

Barco

O barco a margem, vela baixa e grandes remos.
Deitado sobre a água a minha espera.
Sobre o corpo de madeira, curto e estreito.

Ponho-me a repousar.
Sem saber, paro entre o vento e a força.
O desejo posto contra a minha razão me traz os remos a mão,

O medo me recua e a vela cheia pelo ar onde jaz minha consciência,
me empurra antes que eu possa me questionar

O fim do rio, nem eu sei e nem sei se não

O impulso a brigar com meu senso
E encho meu peito de tudo o mais
Mas cresce por dentro e me toma intenso

Tudo o que devora meu ser é a dúvida,
a escolha de seguir ou morrer aqui.

Um comentário:

  1. Escolhas? Parece que chegava a uma encruzilhada.
    Que caminho seguir? Deixar o vento me levar ou usar os remos?
    Perfeito!

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