E te fito os olhos, mora no espaço de cada sorriso
Abriga os cabelos soltos,
E se finge, dessa que sorri
Mestra desse corpo, que veste sem pudor
Mistura mistério, mulher e moça
Ah moça! Enganas homens ou dança com eles, a morte dos mesmos.
Impenetráveis almas, ancoradas, nas cicatrizes
No seio de todo poder, mora o desejo intrépido de abuso
Abusar-se-ia se pudesse, e talvez o faça no seu mundo.
E na minha mente, onde quem finge e mente é poeta
É o discrente que há arestas no sorriso
Por crer na alma que domina o corpo cru.
Adentro suas vicissitudes, não encontrando lágrimas
Nem a elas me refiro,
Mas descrevo, aquela que dança
No palco da vida, seduz, no íntimo
Brinca, por trás da menina
A mulher, que avisto
Deusa de si
Amarra, prende, surpreende
Quando o véu lhe caí, e só o fez, ou faz
Para quem tem a coragem de morrer
Pois para vê-la, merece quem atreve-se.
O prazer da morte, sem que haja morte do prazer!
ResponderExcluirA emoção é grande! Sou eu! Como vc disse, eternizada!
ResponderExcluirGrande poeta! Como se atreve a me descrever de forma tão verdadeira??!!
"Deusa de si
Amarra, prende, surpreende
Quando o véu lhe caí, e só o fez, ou faz
Para quem tem a coragem de morrer"
O poeta retirou o meu véu...
Bjs,
Marcia