a semente deixada, inerte
não cresce, nem veste
o corpo meu
e no avesso da felicidade
encontro estático
o rosto seu
a dor, bailarina
dança seu sorriso, sobre a presa
tortura alma, precipício de vida
o punhal que a mim corta
é seu verbo envenenado
seu "não", com grosseria decorado
é a mentira em prosa
da saudade perdida
que a sua vaidade decora
a sua forma, hoje fria
de quem já não olha
para olhos ou manias
de quem esqueceu
que esquecer é mais difícil
que viver
o sofrimento meu
amarga em lábios
que jamais a mim pertenceu
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