17.3.09

Uma criança

Reparei que ando criando uma menina
Nasceu grande e parece ainda crescer,
afinal a crio sem saber

Ela tem posse de olhos lindos,
parecem com os seus,
afinal é filha de nosso amor

Cabelos como os seus,
e muitas vezes brinca esperta,
e faz doer o peito com agonia

Ela sorri na maior parte das vezes que fico sem você,
é incrível a semelhança
É como se a visse ali refletida no espelho onde ela se vê,
amando sua própria beleza
Sempre que me aproximo ela se esconde,
me parece tímida
Você sempre que chega, ela corre para longe,
me pergunto sempre,
se ela lhe visita

Está tão mais velha desde a última vez que nos vimos,
que agora mesmo enquanto escrevo ela sorri com malícia

Tem a cor de sua pele,
não me lembro quando ela nasceu e me culpo por isso
me faz parecer um homem sem sentido

E a cada dia pareço ver você e não a doce menina
Me espanto quando consigo perceber que não há engano
Que besteira a minha, sempre tão parecida, só eu que não via
É a minha saudade que se veste de teu corpo
E desmorona na lágrima que cai agora fria.

Um comentário:

  1. Caaaaaaaara...
    Muito legal a maneira com que descrever a saudade da mulher que se foi, ou que um dia ela fora.
    Muito bom!!!

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