É preciso andar por onde andei,
Conhecer o chão, pelos calos nos pés
É preciso conhecer o sol, nas queimaduras ardentes da pele fresca
Castigada não pelo tempo, mas pelo chicote que levo em mãos
E pela luz
Esse corpo que nunca caminhou à sombra, e fala como velho
Porque andou feito vivo, onde caminham mortos
É preciso conhecer o ser, nos olhos que te fitam,
É mesmo preciso, para perdoar e amparar
É preciso ocupar a minha alma, para que me conheças, pois andei
E ainda hoje, com os pés no chão, ando, entre mundos e pessoas
E nada é como antes, porque só eu mudei
O fato de observar um objeto muda o objeto observado... Lembra disso?
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