17.3.09

À margem da carne

deitado, no ermo de meu estado
no avesso de meu sentido

no fundo, no meu intimo

onde nascem limos
onde adormece meu sentir,

vive a alma, que desconheço
que me invade
e me enfureço

no final, sou eu
que a mim, não permito ser

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