17.3.09

Véu D´Alma

A porta entreaberta é perfeita
O sangue atinge o corredor
A dor ecoa na casa fria

Escorre degraus
Pinga
Gota de tinta
Letra de poema

O texto flagrado
Recoberto de sorriso amargo
Pensamento que não largo

Tremo
Temo
Morro
Véu que rasgo

Subo no seu salto e me elevo
Tendencioso narro
Conquisto mudo o seu quarto

Alma e redenção
Aprisiona o corpo
Saudoso do seu choro

É então poesia fingida
Lançada na parede
Faz-se lágrima em pedra
Mancha minha, sua cria

Fecha a porta de minha moradia
Me afogo no meu vinho
Eu, minha própria covardia

Da janela
A Lua flagra
A ida de minha vida

Um comentário:

  1. Queixo caído...
    Que foi isso? Uma briga? uma separação?
    Dá pra sentir a dor.

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