A porta entreaberta é perfeita
O sangue atinge o corredor
A dor ecoa na casa fria
Escorre degraus
Pinga
Gota de tinta
Letra de poema
O texto flagrado
Recoberto de sorriso amargo
Pensamento que não largo
Tremo
Temo
Morro
Véu que rasgo
Subo no seu salto e me elevo
Tendencioso narro
Conquisto mudo o seu quarto
Alma e redenção
Aprisiona o corpo
Saudoso do seu choro
É então poesia fingida
Lançada na parede
Faz-se lágrima em pedra
Mancha minha, sua cria
Fecha a porta de minha moradia
Me afogo no meu vinho
Eu, minha própria covardia
Da janela
A Lua flagra
A ida de minha vida
Queixo caído...
ResponderExcluirQue foi isso? Uma briga? uma separação?
Dá pra sentir a dor.