Eu não sei ao certo se tive outra vida, ainda que eu acredite.
Eu não sei, nem ao menos, se o amor que sinto é honesto a mim,
ou a quem amo, ainda que o sinta.
Não sei se o que escrevo é poesia,
ou síntese de alguns guardados que levo numa mala de carne e osso,
ainda que acredite e seja sincera.
Não sei se tudo o que desejo e sonho serão verdades convertidas assim,
para esse substantivo em real, mas por tê-los comigo já o são, acredito.
E você que a muito não vejo, e a saudade presa a sua solitária,
queima as cartas que não me escreve,
em revolta a mim como dono deste edifício de lembranças.
Acredite, lembro de você na fumaça que me sufoca.
Mais um que é meu mesmo que não o seja!
ResponderExcluirMais um! Mais um!