Eu a criei
Suas palavras em mim contidas
Criam asas com o que não fala
Tomam forma com o que vê
Toma-me, como se não houvesse fim
Alimente-se do que é seu
Extraia da minha essência, o seu tesouro
Enterrado em outro corpo
Ainda que vague, em terras tristes
Usa-me, pois a teu castigo fora dado meu vigor
A tua intensidade meu verso
Ao que te fere, meus verbos
Conjugue em cada dia vindouro
A certeza de tua alma falante
A verdade sua, numa poesia distante
Para você.. pois
a fala volta a ter voz, sempre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário